terça-feira, 30 de agosto de 2011


Dia 4 - Bolívia
Brrr, que frio! Acho que eu já disse isso.
Acordei cedo, na verdade acho que eu nem dormi, difícil achar posição dentro do saco de dormir, e fui resgatar meu termômetro lá fora, uma cena engraçada, os motoristas de chaleira na mão tentando degelar os jeeps. Meu termômetro congelou! Acho que o frio foi muito pra ele, como é de máximo- mínimo a última temperatura que ele marcou foi - 12,8, isso mesmo, quase 13 graus negativos.
E por falar em congelar, fui pegar meu garrafão de 5 L de água fechadinho que tinha esquecido no carro e ele estava completamente congelado, por sorte ainda tinha uma garrafa na mochila. Lição aprendida, água dorme no quarto.
Só o nosso quarto levantou, depois descobrimos que não tínhamos ajustado nosso relógio no horário da Bolívia. 
Teve até ovo mexido no café da manhã, uma surpresa. Partimos rumo as lagoas altiplânicas bolivianas. Um enjôo daqueles, o lance foi apelar pras folhinhas de coca compradas em San Pedro, é ruim mas resolve.
Paramos na árvore de Pedra, uma atração local. Cruzamos um mini canyon ainda com bastante neve. Chegamos as " lagunas", Honda, Hedionda e... Mais flamingos, vou ficar especialista nisso.
Hoje o almoço foi ao ar livre, preparado no abrigo e ajeitado pelo Richard no bagageiro do jeep. No menu, arroz colorido, atum em lata e salada, de sobremesa tangerina, e com direito a Coca Cola, e uma paisagem espetacular, so tinha que tomar cuidado com as gaivotas famintas.
O menininho alemão passava bastante mal pela altitude e eles desceram correndo para o hotel de sal.
No fim da tarde paramos no povoado de San Juan de Rosario, e lá estava uma das placas mais esperada: Toilet. E um dos mais limpinhos que vimos pelo caminho, tinha até papel, e  pagamos só 2 bolivianos. Deu até pra tomar uma cervejinha, com a pouca grana que tínhamos, pois segundo a agência nem havia a possibilidade de cmprarmos nada pelo caminho.
Rumo ao hotel de sal, construído com blocos de sal e o chão todo de sal grosso, e o mais importante, banho! Direto pra fila do chuveiro. Já tinha até a sensação de como era usar dreads, meu cabelo estava duro, de vento, poeira e sal.
No jantar, todo mundo de cabelo lavado. Sopa, arroz, batata e ... Carne de lhama. Eu até provei, mas não rola não, e nem saborosa é. Os meninos acharam engraçado eu dizer que não comia porque a lhama era " so cute" . Hoje teve até vinho no jantar!
Depois da janta, ficamos de " farra" na sala, eu, Allan ( o irlandês), Kim ( a sul africana), Emma, a inglesa e uma das meninas alemãs, quando fomos deitar, as 22hrs, o gerador dos quartos já tinha sido desligado. Viva minha lanterna!





domingo, 28 de agosto de 2011

Dia 3 - Rumo a Bolívia
Acordei cedinho, mais uma vez preocupada com a hora. Fui pegar minhas meias na cadeira lá fora e descobri que elas tinham virado picolé, só pude rir da minha falta de idéia. Peguei minhas sacolas e fui pra agência que, depois de muitas consultas, contratamos para nos levar a Bolívia, Cordillera Traveler. Lá peguei meu saco de dormir alugado e meu garrafão de água, duas coisas que não podia esquecer, e comecei a interagir com as pessoas que estavam lá esperando também, só na base do inglês, e britânico. Logo o Rafa e a Camila chegaram e partimos em um micro-ônibus lotado rumo a fronteira com a Bolívia. Passamos pela aduana chilena, efetuando os trâmites para a saída do Chile, o  caminho é só subida, pois a fronteira ( Hito cajón) está a 4200 m de altitude. Mais burocracia, mas nem meu certificado de vacina da febre amarela pediram, na parede uma vistosa foto de Evo Morales, cheio dos balangandãs. O "prédio" da imigração fica no meio do nada, cheio de gelo e um vento congelante, e foi lá, ao vento livre, que tomamos nosso café da manhã, fornecido pela empresa. Daí os jeeps foram divididos e partimos nós 4, eu Camila, Rafa e Katia, outra brasileira, com Richard, nosso motorista boliviano.
Passamos pela Laguna Verde, Laguna Blanca, Deserto de Dalí, Salar de Chaiviri, Geyseres Sol de la Manana, ufa tanta coisa, e é só o primeiro dia.
Chegamos ao abrigo ainda para o almoço, um quarto pra quatro, nada de banho e a perspectiva de muuuuuito frio. Almoçamos e depois da siesta fomos ver os flamingos na Laguna Colorada, lindo.
Ao voltarmos ao abrigo um chazinho nos esperava, só assim pra esquentar. Na janta, sopa, e macarrão com molho de tomate, bem melhor do que esperávamos, teve até pêssego em calda.
Nosso grupo é formado por 4 brasileiros, uma família de 5 alemãs, 2 irlandeses, 1 inglesa e 1 sul africana.
Vinhozinho e já pra cama, além do saco de dormir, usei mais 3 cobertores, brrrrr.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dia 2

Levantei as 6:30 e estava completamente escuro (só clareou pelas 7:30), quando olhei o termômero, -4, aí o psicológico pesou, que vontade de voltar pra cama. Mas, passeio tratado e pago, nāo tem jeito, vamos lá, rumo as Lagunas Altiplânicas. Fui pescando de sono até lá, tomando cuidado pra nāo babar em Mateo, o francês que sentava ao meu lado.
Primeira parada, Laguna Chaxa, em pleno Salar do Atacama. Um lugar belissimo, habitat de três espécies de flamingos, que ficam lá, com as patinhas na água gelada. E por falar em gelada, que frio! Minhas duas meias de lā nāo dam conta do recado dentro das botas. Obsevamos o vulcāo Lascar (ainda ativo) e tomamos o "desayuno" preparado por Pedro o motorista. Nunca um chazinho caiu tāo bem.
De lá fomos para Laguna Miscanti, que está coberta de neve, por conta da nevasca dessa semana.
Igualmente linda, mas sem tantas aves. A laguna fica dentro de um povoado indigena atacamenho, e fomos até lá conhecer a igreja de Socaire (o povoado). Na laguna quase morri pra subir uns 500m, mas também, a 4300 m de altitude...
Na volta fomos a Toconao, outro povoado que tambèm tem uma igreja de cerca de 1500 - 1600. 
De volta San Pedro, fui resolver algumas coisas e fui ao museu arqueológico, que mostra o desenvolvimento da cultura atacamenha. Passei na feirinha e comprei balas e folhinas de coca.
De noite nāo consegui vaga no tour astrônomico, jantei com Rafa e Camila um " churrasco a los pobres" delicioso e uma sobremesa enorme. Voltei para o hotel, comprei uma mini garrafa de vinho e fui arrumar minhas coisas. Agora serāo 3 dias sem internet. 
:(






terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dia 1 - continuaçāo

Confesso que sobrevoar os Andes por duas horas em um aviāo chacoalhando nāo foi uma sensaçāo muito boa. Chegando perto, e olhando de cima, tive a sensaçāo de estar no meio do nada. Ao chegar no aeroporto, tive certeza.




sexta-feira, 19 de agosto de 2011


O deserto do Atacama está localizado na região norte do Chile até a fronteira com o Peru. Com cerca de 1000 km de extensão, é considerado o deserto mais alto e mais árido do mundo, pois chove muito pouco na região, em consequência das correntes marítimas do Pacífico não conseguirem passar para o deserto, por causa de sua altitude. Assim, quando se evaporam, as nuvens húmidas descarregam seu conteúdo antes de chegar ao deserto, podendo deixá-lo durante épocas sem chuva. Isso o torna de aridez incrível.
As temperaturas no deserto variam entre 0ºC à noite e 40ºC durante o dia. Em função destas condições existem poucas cidades e vilas no deserto; uma delas, muito conhecida, é São Pedro de Atacama, que tem pouco mais de 3 000 habitantes e está a 2 400 metros de altitude. Por ser bem isolada é considerada um oásis no meio do deserto e o principal ponto de encontro de viajantes do mundo inteiro, mochileiros, fotógrafos, astrônomos, cientistas, pesquisadores, motociclistas e aventureiros.
Apesar de pequena e isolada no coração do deserto mais árido do mundo, San Pedro possui uma vida agitada, mesmo depois da meia noite, os bares e restaurantes ficam lotados com pessoas conversando e planejando o dia seguinte.

dia 1: vôo Rio - Sāo Paulo - Santiago - Calama; Van de Calama a San Pedro; lhama até o hotel.

O hostel (Camino del Inca) tem tudo que eu preciso, internet e água quente, e de luxo tem até TV a cabo.
Saí para encontrar Rafael e Camila e jantamos juntos, comidinha francesa ( pouca e bonita), mas nāo ė que foi suficiente. E o primeiro pisco sour da viagem... Quando voltei pra casa o temômetro marcava 3 graus.